quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Mensagem final

Ser cidadão é ser um sujeito crítico, é desenvolver atitudes de solidariedade, aprender a dizer não ao que é imposto pela mídia, é adotar uma postura, é fazer escolhas, é despertar para as consciências dos direitos e deveres, lutar pela justiça, valorizar a pessoa humana, a dignidade necessária para todos.

 Então, você aí, você mesmo, antes de jogar o seu lixo na rua, pense um pouco nas pessoas que já perderam tudo numa enchente, e reflita, o seu lixo pode ter causado o sofrimento de várias famílias.


SOBREVIVENTE DO LIXO


É comum em nossa cidade  a presença dos catadores de lixo, que em sua maioria, vivem na pobreza, ainda que façam parte da mesma sociedade em que vivemos e interajam com todos nós. Mas, não fosse o fato social constatado nas condições de extrema pobreza e exclusão em que vivem os catadores,  diríamos que  a sociedade está cumprindo satisfatoriamente o seu papel. Infelizmente, em nossa sociedade a cultura do descaso ainda é muito forte, contribuindo diretamente com a desigualdade social.
Felizmente, alguns indivíduos conseguem superar as dificuldades provocadas pela desigualdade social, sem abrirem mão da ética,do trabalho exaustivo e da própria cidadania. Um belo exemplo poderá ser visto na matéria exibida no programa Globo Repórter, da rede globo de televisão, em que um soteropolitano, nascido no bairro de Canabrava, em Salvador- Bahia, narra sua trajetória de lutas e vitórias como catador de lixo.

link:g1.globo.com/globo-reporter/.../catador-de-lixo-ganha-vida-com-recicla...

Orquestra De Instrumentos Reciclados


“O mundo nos manda lixo, nós devolvemos música”. Este é o lema de uma orquestra, da favela chamada Cateura, no Paraguai. Em meio ao lixão a céu aberto -um cenário improvável,o professor de música Flavio Chávez teve o sonho de formar uma pequena orquestra de jovens catadores de lixo. A intenção era incutir naquelas pessoas um fio de cultura, dignidade e esperança de dias melhores. O maior problema para realização do sonho referia-se à compra de instrumentos musicais, já que não se dispunha de verba para tal. No entanto , a solução encontrada foi confeccionar os instrumentos com o material mais abundante da favela, o lixo.
Assim, latas de óleo, pedaços de canos, caixas de embalagens e restos de madeira foram transformados, sob  mão -de- obra dos próprios moradores, até  que fosse possível produzir notas musicais. Assim nasceu a “Orquestra De Instrumentos Reciclados.”.

Com uma ideia inovadora e criativa, Flavio Chávez, chama a atenção do mundo para a quantidade de lixo que produzimos, para os lixões a céu aberto que ainda persistem em diversos lugares, para pessoas que vivem e sobrevivem de toda essa triste miséria, para educação ambiental que é e grande importância para o  conscientização e a preservação do meio ambiente, através da  reciclagem do lixo.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Descarte consciente de medicamentos

Quem nunca fez a limpeza do armário e se deparou com um “monte” de remédios vencidos. A maioria certamente os jogou no lixo comum, na pia ou no vaso sanitário, contribuindo para que eles contaminassem solos e cursos d’água com substâncias químicas. Mais ainda, colocando em risco a saúde das pessoas que tivessem contato com esses materiais. 
O problema consiste em que, após o uso desses compostos, surgem as sobras, que possuem alto potencial de poluição do meio ambiente e de intoxicação, se forem ingeridos.Ainda segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são jogados no lixo entre 10 mil e 28 mil toneladas de medicamentos por ano pelos consumidores. E esses resíduo não tem para onde ir.Sendo assim,
os destinos mais frequentes de descarte de medicamentos vencidos são o lixo comum e o 

vaso sanitário.
Com o acúmulo de sobras de medicamentos nas residências aumenta-se o risco de descarte incorreto. Uma solução interessante para minimizar o acúmulo de medicamentos seria a adoção do fracionamento ou a adequação da quantidade de medicamentos na embalagem, por parte da indústria, para conter somente o necessário ao tratamento evitando as sobras.Outra sugestão seria a criação de políticas públicas de responsabilização dos fabricantes e fornecedores pelo recolhimento e destinação adequada para os resíduos de seus produtos e serviços, através da edição de normas compulsórias e concessão de incentivos para o seu cumprimento. 

Enquanto não for possível a criação de um gerenciamento eficaz de descarte de resíduos medicamentosos gerados nas residências, se faz necessário orientar a população sobre as consequências do descarte indevido de medicamentos, através de programas educativos ou campanhas de arrecadação de medicamentos em desuso, que poderiam ser reaproveitados dependendo das suas condições de apresentação ou encaminhados aos órgãos de saúde competentes (postos de saúde, hospitais, farmácias) para descarte adequado.

domingo, 24 de novembro de 2013

Como diminuir o consumo de sacolas plásticas em nossos lares.

No Brasil, são produzidos, diariamente, cerca de 125 toneladas de lixo domiciliar, segundo dados da pesquisa de saneamento básico consolidada ao IBGE (2000).
Um dos grandes problemas são as sacolas plásticas utilizadas nas compras, principalmente de supermercado. Apesar de algumas pessoas reutilizarem-nas, boa parte destas sacolas vão parar nas ruas, contribuindo para piorar o problema causado pelas enchentes (entupindo os bueiros), para aumentar a poluição dos rios, mares, lençóis freáticos, etc, provocando a redução desenfreada dos recursos naturais essenciais à vida.
         Uma das soluções é a utilização das sacolas ecológicas, que normalmente são feitas de tecido e podem  ser usadas várias vezes, além do que as mesmas substituem as sacolas plásticas que utilizamos nas compras. Tal prática ajuda no processo de sustentabilidade do planta uma vez que reduziria as práticas abusivas das indústrias produtoras de sacolas de plástico.
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Outra solução é a utilização dos sacos de lixo fabricados com material reciclado. Estes sacos são confeccionados a partir de resíduos plásticos pós-consumo - aqueles que ficam no chão da fábrica-  ou produtos defeituosos. Já as sacolas dos supermercados, por determinação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não podem ser fabricadas com material reciclado uma vez que estes entram em contato com alimentos.


Como aproveitar melhor sua sacola plástica. 

Para fazer esta bolsa ecológica.


A princípio você precisa preparar as sacolas plásticas para o crochê. O vídeo a seguir demonstra como preparar e confeccionar.




sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Da natureza ao lixo

Sabia que tudo o que você come , bebe, usa, compra e joga fora, tem uma historia? Essa é a idéia da ambientalista Annie Leonard. Famosa na internet pelos vídeos da série "A historia das coisas". Annie lançou  em 2011 o livro "A Historia das Coisas - O que acontece com tudo que consumimos".Baseado nesses vídeos, onde ela divaga sobre os cinco estágios da economia: extração, produção, distribuição, consumo e descarte e explica o conceito de consumidor/consumo, desenvolvimento, corporações, custos externalizados (preço x custo), orgânicos e sustentabilidade.

Qual o impacto na natureza, na sociedade e nos seres humanos sobre tudo aquilo que utilizamos e por consequência descartamos? Annie descreve para o leitor todo o processo, inclusive os custos reais, que geralmente desconhecemos.Você já se perguntou de onde vem o jeans da calça que está vestindo? Como ele é extraído? Que toxinas ele libera no processo de fabricação? Quantas pessoas foram necessárias para fazê-lo? Como você vai descartar quando não servir mais? São essas perguntas que a autora responde embasada em dados e informações da indústria americana, mas também expõe situações de outros países, inclusive o Brasil.

Durante as palestras que Annie faz nas escolas, abordando  o impacto das coisas que consumimos, ela costuma aplicar  uma dinâmica com os alunos, utilizando uma lata de refrigerante como elemento provocador da discussão:  Pego uma lata vazia de refrigerante e a coloco sobre a mesa. Alguém poderia me dizer o que é isto?, pergunto. É uma lata!, as crianças gritam. Depois, pego uma cesta de lixo, ponho outra lata vazia dentro e pergunto de novo: E isto aqui? É lixo, elas respondem. Então, tiro a lata da cesta e a coloco junto da outra, na mesa. E agora? É uma lata. Não existe diferença entre as duas: elas são iguais! Portanto, a segunda lata é considerada lixo não pelo que ela é em si, mas por conta do local em que foi colocada. Ou seja, a ideia do lixo tem a ver com contexto, e não com conteúdo propriamente." (p. 191-192)

 Ao final, Annie mostra que está ao nosso alcance alterar os rumos e o sistema de compre-use-descarte, expondo mudanças tanto grandes e complexas quanto pequenas (mas essenciais) que podem ser adotadas no dia-a-dia de cada um, incitando a uma reflexão sobre nossas escolhas.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Do lixo ao luxo!

O lixo também se transforma em arte.Através do olhar diferenciado dos artistas, o lixo ganha uma  roupagem estético visual utilizando de maneira homogênea o que seria descartado pela maioria das pessoas. A artista australiana Carly Fisher produz esculturas de papel através de todos os tipos de detritos encontrados nos lixos (latas, sacos plásticos, filtros de cigarros e etc.) Esses elementos compõe os clichês do lixo urbano e retratam a identidade cultural e local da nossa sociedade globalizada.





segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O lixo no mar


Nos finais de semana as praias do litoral brasileiro enchem de pessoas que procuram por lazer. Dentre as praias mais procuradas estão as do Nordeste, principalmente às da cidade do Salvador, por oferecerem águas mornas e tranquilas. No entanto, moradores e turistas, ao visitarem o referido local esquecem a responsabilidade em preservar o meio ambiente, deixando todo o lixo que produzem durante o passeio, nas areias, sem a menor preocupação em qual será o destino  deste.  Cabe aqui lembrar que, no período de cheias das marés, os mesmos são levados ao mar, comprometendo todo o habitat marítimo.  Tudo isso, sem levar em consideração todas as embalagens jogadas nas ruas, que também possuem destino certo: aquele mesmo mar que serve de sustento, diversão e lazer.


 “O maior depósito de lixo do mundo não se localiza em terra firme. Está no Oceano Pacífico, numa imensa região do mar que começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não pára de crescer.”


(Fonte: Revista Planeta , segunda-feira 18/11/2013 http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/meio-ambiente/mar-de-lixo)


Vejamos esse vídeo que revela o destino do lixo que jogamos no mar.




O lixo eletrônico, o que fazer?

Por vezes, consumimos sem necessidade, mas, quando necessitamos, o que fazer com o lixo eletrônico produzido? Um fato social, que vem ganhando muitas discussões, são os resíduos de muitos equipamentos eletrônicos,que muitas vezes, ainda estão em boas condições de uso.
Pois, no mundo, cerca de 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados por ano. E o Brasil está entre os países emergentes, que mais gera lixo eletrônico. Este tipo de lixo, quando não descartado em locais adequados torna-se um grande problema ambiental, pois muitos contem substancias tóxicas como chumbo, cádmio e níquel em suas composições, podendo assim, provocar contaminação de solo e água, além disso, podem provocar doenças graves em pessoas, que venham a ter contado com essas substancias nos lixões, ou na rua.
Se por vezes, necessitamos trocar nossos equipamentos eletrônicos, por discaste. E então o que fazer? Onde jogar o lixo?
A lei 12.305, foi criada no de 2010, a qual dá total responsabilidade sobre o lixo eletrônico aos seus fabricantes ( as empresas fabricantes de novas tecnologias a são responsáveis por recolher os lixos eletrônicos ), governo (em fiscalizar, e fazer com o que a lei seja cumprida) e sociedade em geral (deverá levar esses lixos nas lojas, na qual foi realizada a compra para que assim, elas encaminhem aos fabricantes o lixo eletrônico). Outra opção é fazer doações de equipamentos em boas condições, para entidades sociais que atuam na área de inclusão digital. Dessa forma, ajudará as pessoas que precisam e não contaminará o meio ambiente.

(Fonte: Pnuma - Programa da ONU para o Meio Ambiente).

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Lixo Zero


De acordo com o coordenador da Comlurb, Fernando Alves, com o Programa Lixo Zero, lançado em agosto deste ano, já houve uma redução de 46% nos lixos descartados irregularmente no centro do Rio. Segundo o coordenador, até o fim de dezembro, haverá um acréscimo de 50% no número de lixeiras na cidade: serão 44 mil a mais.



Os motoristas que jogarem lixo pela janela dos carros no Rio de Janeiro serão multados pela Companhia Municipal de Limpeza (Comlurb) e pela Guarda Municipal
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil/


Se a sociedade aceitar como fato social a questão de manter a cidade limpa, com certeza vai melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
Pois com essa atitude todos estão sendo socializados com o intuito de preservar o meio ambiente e cuidar da cidade onde vive... Lamentamos que  essa conduta não funciona aqui na BAHIA.



Lixo: uma construção social

Muitas pessoas encontram na atividade de 'catar  lixo' uma  forma de recuperar seu papel de cidadão perante à sociedade.O catador de lixo vai contra a lógica de que lixo é sobra, resto, de que aquilo que é rejeitado tem que ser jogado fora; para ele o lixo representa algo que pode ser aproveitado, consequentemente, seu meio de vida.

A sociedade capitalista em que estamos inseridos apela para um consumo rápido e descarte, mas ao mesmo tempo ela prega a nova onda da cultura do reaproveitamento e do politicamente correto. Comprar, descartar e reaproveitar agora são ações necessárias para expandir o capitalismo.O reaproveitável tornou-se um negócio rentável.
Os catadores não são pessoas totalmente excluídas da sociedade, mas também não estão incluídas, em alguns aspectos. Seu nível econômico não é apenas uma desigualdade social, mas sim um conjunto de classificações que o levam a essa posição desprestigiada, já que ele tem uma função considerada à margem da grande sociedade capitalista. O catador muitas vezes é tido como marginal e fonte de perigo, um ser moribundo que pode oferecer perigo. Insultos como esses são criações sociais que permite mostrar como tudo está posicionado hierarquicamente.
A discriminação que essas pessoas sofrem é parte causa por pela representação que o lixo tem sobre a maioria. É dito que lixo é algo que não deve ser tocado, é sujo, e para o catador é algo contrário, ele foge dessa concepção. Ele vai contra o fato social. Esse fato social que dentre outras características tem de ser coercitivo, usa dessa coerção para punir quem vai de contra aos padrões estabelecidos pela sociedade. A coerção que sofre o catador de lixo por ir de contra a esses padrões vem por meio de maus tratos e xingamentos.



Reciclagem lixo eletronico


A cultura do consumo tecnológico excessivo, impera nos nossos lares, a exemplo dos computadores, Notebook, Celulares, Tablet e etc. É muito difícil encontrar famílias que não tenham esses equipamentos dentro  do ambiente familiar. Mas o problema maior é que todos querem tudo, e sempre lançamentos de última geração, o que por sua vez surge um a cada segundo. E compramos.
Mas o que fazemos com aqueles que, em nossa opinião, tornou-se obsoleto?
Qual a nossa noção de responsabilidade perante a natureza?


Vamos refletir esse fato social vendo este vídeo: